Profª Drª Sonia Bessa



Universidade Estadual de Goiás



Ao perceber a dificuldade dos alunos nas adições, somar com quantidades mesmo pequenas (de 1 a 10) uma boa opção é inserir o jogo “marcando pontos”. É um jogo simples com numeração de 1 a 5 e permite, por cálculo mental, fazer operações com números até 5 nas mais diversas possibilidades como: 2 + 2 + 1; 3 + 2; 4 + 1; 1 + 1 + 1 + 1 + 1.



Para esse jogo são necessários 50 cartões distribuídos nos números de 1 a 5. Duas a quatro crianças podem jogar. Para jogá-lo basta dividir igualmente as cartas embaralhadas entre os participantes, colocando a carta de cima do seu monte aberta no centro da mesa. O próximo jogador deve virar a carta no topo de seu monte e verificar se é capaz de fazer a soma de 5 utilizando sua carta com a carta somada da mesa. Os participantes seguintes devem proceder da mesma forma até que todas as cartas dos montes tenham acabado.



Ganha o jogo o participante que tiver o maior número de cartas. Após a partida, é interessante solicitar aos alunos que utilizem algum tipo de registro para descobrir quem fez mais pontos. Eles podem utilizar lápis, papel, palitos e tampas.   



Ao conferir os pontos do jogo, algumas aprendizagens são construídas.  As crianças devem discutir para descobrir quem ganhou o jogo (somou mais pontos). Além dos elementos concretos (palitos, tampas, etc), elas podem se utilizar da adição ou da multiplicação.



O aluno separa todas as cartelas com 5 pontos e vai contando de 1 em 1, não consegue simplesmente contar 5 pela percepção visual das bolinhas, conta com os dedos e vai falando alto, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, até contar todos os pontos.



O resultado de duas crianças. Uma fez todos os agrupamentos de 5  que havia ganhado no jogo e foi contanto 5 + 5 + 5 e assim sucessivamente.  A segunda criança não conseguindo somar de 5 em 5,  desorganiza as fichas e tenta contar a partir dos números da cartela.



Algumas formas de estimular a aprendizagem da adição e da multiplicação é lançar contra-argumentos:  para uma criança que soma de 1 em 1 perguntar: Teria um jeito diferente para saber quantos pontos você fez? Qual? Ou ainda dizer: “uma criança da sua idade da outra turma me disse que ele somava de 5 em 5, o que você acha disso? Ela está certa ou errada? Por que?



Para a criança que conta utilizando a adição um bom contra-argumento seria: Teria um jeito diferente para saber quantos pontos você fez?  Qual?  Uma criança da sua idade, da outra turma me disse que ele multiplicava 7 X 5, (colocar o número correspondente à quantidade que a criança tirou)  o que você acha disso? Ela está certa ou errada? Por que?

Intervenção pedagógica – jogo “marcando pontos”

Profª Drª Sonia Bessa



Universidade Estadual de Goiás



Dentre os diferentes tipos de jogos os de tabuleiro, são muito apreciados por crianças de qualquer idade. O jogo “esconderijo” pode ser facilmente confeccionado, necessita de:



<ul class="wp-block-list">
<li>01 tabuleiro </li>



<li>02 dados</li>



<li>01 peão para cada jogador (de 2 a 4 participantes)</li>
</ul>



Este jogo exige do aluno, realizar adições com unidades e dezenas, cálculo mental, números sucessores e antecessores e a relação termo a termo das quantidades.



“Esconderijo” é um jogo de percurso, exige também orientação espacial, para saber quando é possível mudar de círculo e qual o sentido dos deslocamentos. Há ainda regras sobre perder ou ganhar jogadas e o desafio de somar as parcelas obtidas nos dados. Às vezes a partida pode se tornar longa. Isso não representa qualquer tipo de problema, pois não desanima os jogadores que seguem entusiasmados até o final.



Ao realizar uma partida, cada jogador coloca seu peão num dos quatro pontos que está marcado INÍCIO no tabuleiro. Na sua vez, o aluno lança os dados e caminha, em sentido horário, o número de casas da soma dos dados. Se parar em uma casa marcada com a seta, deve seguir a direção por ela indicada e, na próxima jogada, continuar no círculo interior, no mesmo sentido em que estava. Caso pare numa casa com listras finas (ou vermelha) ficará uma vez sem jogar. Na casa com listras largas (ou verde), ao contrário, ganhará uma jogada extra. Aquele que primeiro atingir o ESCONDERIJO, no centro do tabuleiro, é o vencedor do jogo.



As imagens 1 e 2 nos permitem verificar como uma criança realiza a operação de adição. Nesse caso, a menina apresenta muita dificuldade e soma os pontos dos dados para conseguir seguir ir adiante. Ela precisa contar cada um dos pontos da face do dado porque não consegue fazer relação do número de pontos e a quantidade que ele representa. Isso significa que não tem sentido para a criança decorar os numerais e fazer exercícios de ligar a quantidade de maçãs ao número correspondente. Não é assim que a criança constrói o número e o que representa a sua quantidade.



A menina tem como referência os pontos dos dados, ao jogar os dados ela pode tirar de 2 a 12 pontos. Ela conta os pontos dos dados um a um, mesmo que seja a operação + 1 a criança precisa conferir o ponto do dado, para ter certeza. Por exemplo, ela joga os dados e obtém 6 e 1. Para saber que precisa andar 7 casas, ela precisa contar 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7.



Conforme Kamii (2005 p. 15) esse é um procedimento normal quando as crianças ainda não conseguem perceber a inclusão hierárquica que é a capacidade mental de incluir “um” em “dois”, “dois” em “três”, e assim sucessivamente. É como se o todo não existisse. As crianças conseguem até pensar no todo, mas não quando estão pensando nas partes “para comparar o todo com a parte, a criança tem que executar duas ações mentais ao mesmo tempo – dividir o todo em duas partes e fazer com que essas duas partes voltem a formar o todo” (KAMII 2005, p.16).



Referências



KAMII, Constance. Crianças pequenas continuam reinventando a aritmética. Porto Alegre: ArtMed, 2005.

Intervenção pedagógica com o jogo esconderijo

A História estuda as ações e experiências humanas que ocorreram em diferentes espaços e tempos, realizadas e transformadas por pessoas que viveram o cotidiano da sua sociedade. “O estudo da História é fundamental para perceber o movimento e a diversidade, possibilitando comparações entre grupos e sociedades nos diversos tempos e espaços”. Por isso temos que realizar um esforço em renovar as práticas pedagógicas no sentido de trazer para a sala de aula a história viva, próxima dos nossos sentimentos, do contexto em que vivemos. E, assim, historiar. (FONSECA, 2009, p.51).



<h2 class="wp-block-heading">Como historiar?</h2>



Há um desafio a ser enfrentado para que o fazer histórico se transforme em fazer pedagógico, que se traduz em ter o aluno como sujeito na construção dialética do conhecimento histórico. Para que isso ocorra, é importante que o aluno aprenda a investigar as marcas do passado e presente à sua volta. O saber fazer do professor influencia na qualidade das atividades propostas e no desenvolvimento dos alunos.



Compreender como ocorre a construção da noção de tempo pela criança, auxilia o professor no procedimento das aulas e na qualidade da intervenção pedagógica e elaboração das atividades para os alunos.



Sugerimos o estudo dos cinco eixos articuladores do ensino de História, tempo, memória, identidade, documento e representações.  Para esse trabalho iremos destacar o tempo.



<h2 class="wp-block-heading">O tempo e as mudanças</h2>



A construção do sentido de historicidade, implica na compreensão do sujeito psicológico que precisa ter possibilidades de ação para reconhecer que os acontecimentos externos não giram em torno unicamente de sua vivência individual e coletiva”. (SIMAN, 2003, p.131).



Compreender como se mede o tempo pressupõe a aquisição de conceitos específicos e a interação social que qualquer ser humano, paulatinamente, experiencia ao longo de sua vida. Essa aquisição não é tranquila, pois existe relatividade de sua concepção.



Observa-se que o interesse e compreensão da criança pelo passado não advém de sua capacidade de discernir a medição do tempo. A criança percebe o tempo a partir de suas experiências: a rotina diária, a data do aniversário, as festas, as férias, o tempo meteorológico, dentre outras. (COOPER, 2002).



Isso demonstra que as experiências com o tempo não são iguais e que os conceitos de tempo são subjetivos e culturais. Toda experiência que envolve a língua nativa, como oportunidades em ouvir pessoas, histórias sobre outras épocas, contribuem para que a criança relacione os fatos de suas próprias vidas com o passado não vivido por ela. Outro fator que contribui para a consciência temporal é o convívio familiar onde se entrelaçam experiências de várias gerações.



Os móveis, os objetos e outras marcas de lembranças têm características físicas e afetivas a serem observadas e relatadas por pessoas que, com eles, viveram suas histórias. O sentido do passado é construído nesse espaço, aqueles que viveram sempre num mesmo lugar lembram-se melhor de acontecimentos, do que aqueles que se mudaram ao longo de suas vidas. No entanto, não são todas as crianças que estão rodeadas por marcas físicas do passado e que também constituem parte de seu presente, por isso, a importância do resgate das memórias, da investigação do meio e, nesse processo, a escola tem um papel ímpar e insubstituível. (COOPER, 2002).



<h2 class="wp-block-heading">Causalidade e as mudanças temporais</h2>



A partir dos 3 anos, as crianças manifestam interesse sobre o motivo pelo qual ocorrem as coisas e apresentam suas interpretações a respeito do mundo. Essas representações são espontâneas. O processo de assimilação do mundo exterior é único e original, se dá pela ação interna, subjetiva, cognitiva de cada ser.



A compreensão do meio social pela criança não é pura e simples reprodução do adulto, essas informações são necessárias, mas não suficientes para garantir a apropriação dos conceitos sociais, pois eles são assimilados, representados, organizados de maneira diferenciada, através da criatividade, assim, devemos nos ater às respostas e às observações espontâneas diante dos fatos e fenômenos naturais.



A proposta curricular da escola deveria se preocupar em trabalhar com o que está mais próximo de sua realidade e partir para situações mais complexas, intercalando outros tempos e espaços, gradativamente. No entanto, essa conduta pode ser contraditória, pois não é a organização curricular que dará ao aluno o sentido de mundo e sim, a capacidade de refletir e interagir com as informações que estão à sua volta, desde que a solicitação seja desafiadora e que envolva operações mentais (classificação, seriação, análise, etc.) significativas.



<h2 class="wp-block-heading">Semelhança e diferença, permanência e mudança, simultaneidade</h2>



A compreensão do processo histórico está associada ao desenvolvimento de noções de espaço e de tempo das capacidades cognitivas “nas quais se articulam as conquistas da memória e das capacidades de abstração e generalização, de conceituação e de organização dos conhecimentos”. Assim, a construção da noção de tempo pressupõe a organização de um conjunto de conexões. (COOPER, 2002, 35).



Por isso, estabelecer semelhanças e diferenças, permanências e mudanças, simultaneidade entre situações, histórias, objetos são favoráveis para a ampliação de vocabulário, início da distinção entre o passado e o presente de sua vida e a de sua família, as mudanças do entorno, as características dos objetos, fotografias e relatos de distintas épocas.



Os alunos aprendem a considerar as semelhanças e diferenças entre o passado e o presente, classificando ilustrações, utensílios, roupas, em conjuntos de objetos muito antigos, antigos e modernos. Assim, encontrará informações que os fará buscar critérios para classificar seus atributos. (COOPER, 2002).



Em relação ao trabalho do professor, as perguntas devem incentivar os alunos a procurarem meios para que dêem respostas coerentes ou interpretações alternativas. (COOPER, 2002).



Diante das respostas dos alunos, pode-se observar o desenvolvimento dos conhecimentos sociais e a influência que o meio exerce na formação do indivíduo. E mais, demonstram representações sobre o tempo, o velho, o novo e, como organizam as informações com coerência.



Com o tempo, os alunos crescem e aumentam seus conhecimentos, podem dedicar-se mais a descobrir o que já conhecem. Com o procedimento de fazer suposições sobre o passado, adquirem, paulatinamente, maior argumentação e imaginação histórica”. Isso pode levar à construção de um conhecimento histórico e compreensão coerente que as pessoas do passado podem ter pensado, sentido e comportado de forma distinta da nossa (COOPER, 2002).



“Uma sociedade sem história seria como uma pessoa sem memória; a tradição oral perpetua relatos do passado de um povo, as recordações populares, as crenças, os valores e os hábitos sociais compartilhados”. (COOPER, 2002, p.82).



Referências



COOPER, H. Didáctica de la historia en la educación infantil y primaria. Tradución Pablo Manzano. Madrid: Morata, 2002.263p.



FERMIANO, M.A. Belintane. Tempo, memória, representações no ensino de História: uma contribuição na formação do professor. Campinas, 2008. FE/UNICAMP.



FERMIANO, M.B.; SANTOS, A.S. Ensino de história para o fundamental 1. Teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2014.



FONSECA, S.G.. Fazer e ensinar História. Belo Horizonte: Dimensão, 2009.



PIAGET, J. A psicologia da criança e o ensino de História (1933). In: Sobre a pedagogia – Textos inéditos. PARRAT, S.;TRYPHON A. (org.). Tradução Claudia Berliner. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1998.



SCHIMIDT, M.A.; SCHIMIDT, D. Historiar. Fazendo, contando e narrando a História. 1. ed. São Paulo, SP: Scipione, 2001.



SIMAN, L.M.C.. A temporalidade Histórica como categoria central do pensamento histórico: desafios para o ensino e aprendizagem. In: DE ROSSI, V.L. S.; ZAMBONI, E.. Quanto tempo o tempo tem! Campinas: Alínea. 2003.

Ensinar história

Sem dúvida alguma, saber utilizar o dinheiro com consciência é uma das grandes competências a ser alcançada no século XXI.



Ter dinheiro para gastar com as necessidades básicas e economizar para realização de sonhos é um processo muito complicado, pois está relacionado diretamente com o estabelecimento de prioridades na vida e também com estabilidade da economia de um país.



É fundamental que os adultos orientem as crianças quanto à utilização do dinheiro. A mesada pode ser dada à criança a partir do momento que o adulto esteja disposto a orientar e acompanhar a utilização do dinheiro. Mais importante do que a idade, é como elas serão orientadas em relação à finalidade de cada real ganho.



<h2 class="wp-block-heading">Quanto às crianças, temos algumas dicas.</h2>



As crianças, geralmente, ficam muito contentes quando recebem algum dinheiro, outras não ligam, este já é um termômetro para saber se ela está interessada no assunto ou não. Como ela não trabalha, recebe da família algum valor em ocasiões especiais como aniversário, Natal etc.. Esse dinheiro não é mesada.



A criança entra em contato com o dinheiro muito cedo, independente de queremos ou não. É importante que a partir dos dois anos de idade a família entregue sempre uma moeda para ela guardar no cofrinho e explicar: Precisa guardar dinheiro.



A mesada é o dinheiro que se recebe mensalmente e a semanada é dada por semana. Esse pode ser o primeiro contato de crianças com o mundo financeiro de forma planejada.



A partir dos cinco anos a família pode dar R$1,00, por semana. Se no início a criança está muito ansiosa para receber e gastar o dinheiro, é conveniente que ela receba semanalmente e, aos poucos vá pensando com mais calma, conversando com a família sobre o que gostaria de fazer com aquele dinheiro. Se ela não sabe o que fazer, diga que é para guardar, pois não é preciso gastar o dinheiro assim que recebe.



Acreditamos ser importante que a criança receba um valor combinado com a família, mesmo que sejam R$ 2,00 e sempre na mesma data. Isso a ajuda a pensar se precisa ou não gastar imediatamente o dinheiro e iniciar seu planejamento financeiro.



A entrega da mesada pode representar um momento de falar sobre valores com a criança e também da utilização prática do dinheiro. É comum, quando chega o dia de receber a mesada, querer sair gastando tudo, mas não é assim que devemos utilizar o dinheiro. Ele é um bem precioso, pois é fruto de trabalho da família. Toda profissão requer uma série de obrigações da pessoa, e ela recebe seu salário no final de cada mês. O salário é o dinheiro ganho pelo serviço do mês e costuma ser sempre o mesmo valor todos os meses, portanto, não é possível gastar mais do que recebe. Existem profissões que recebem por dia, semana ou quinzena.



Há muitas crianças que sabem utilizar sua mesada com objetivo. Apresentamos a seguir histórias de várias crianças que controlaram a coceirinha de sair gastando tudo e fizeram coisas incríveis. 



Um caso muito famoso foi o do Thiago Berce, que em 2014, com apenas 10 anos, comprou um Fusca fabricado em 1976 por R$ 2.500,00. Quando tinha 7 anos, ele começou a juntar toda moedinha que ganhava dos pais e parentes. Ele fez isso por três anos. Quem dirige o carro do Thiago é o pai dele, pois criança não dirige com essa idade.



Thiago dá algumas dicas para aprender a economizar: sonhe com algo que você quer ter; comece a poupar, não importa o valor; não empreste seu dinheiro, a não ser que seja a alguém de confiança; só gaste o valor poupado, antes de realizar o sonho, se for muito necessário; continue poupando sempre.



Bruno, de 10 anos, ganha R$ 10,00 por semana. Ele conseguiu juntar R$ 400,00 para comprar uma guitarra, pois gosta muito de rock.



Augusto, de 12 anos, ganha R$ 70,00 por mês. Ele guardou R$ 8.000,00, pois sonha fazer um intercâmbio.



Você pode começar lendo este texto com seu filho e conversando sobre o assunto:



O que o texto trouxe de novidade?



Você recebe mesada?



Se recebesse, qual seria seu objetivo?



Vamos escrever as coisas que você poderia ajudar a definir um objetivo?



Por que é importante receber uma mesada?



Uma observação importante, cada criança tem objetivos diferentes, que pode até ser comprar uma bola nova. Não cabe aos pais julgar o objetivo dela e sim, apoiar para que alcance.



As crianças, entre 6 e 12 anos, estão numa idade ótima para iniciar a educação financeira. Estudos comprovam que, quando elas são orientadas a organizar, pensar e planejar o dinheiro que possuem, tendem a ter uma vida financeira mais estável e são menos ansiosas para comprar coisas, entre outros aspectos também importantes.



Sugestões para iniciar a mesada:



<ul class="wp-block-list">
<li>O primeiro passo é definir se será uma semanada ou mesada. Uma criança muito ansiosa para gastar deve receber semanada, para que consiga conter suas despesas.</li>



<li>Definam o valor com a criança e para quais despesas ele se destina. Por exemplo, R$ 6,00 para comprar lanche na escola uma vez por semana. Pode ser um valor menor. O importante é que ela receba algo.</li>



<li>Toda semana ou mês, entreguem à criança esse ou outro valor, de acordo com suas possibilidades.</li>



<li>Expliquem à criança que o dinheiro não é para ser gasto de qualquer maneira e que uma parte dele deve ser poupado, mesmo que seja R$ 0,50. Ela deve guardar o dinheiro poupado num cofrinho.</li>



<li>A criança deve ser incentivada a separar algum dinheiro para fazer doação.</li>



<li>Com o tempo, conversem com a criança, orientando-a a utilizar o dinheiro para algum objetivo a longo prazo, ou seja, a planejar.</li>
</ul>



Escreva seu objetivo.



Meu objetivo é: __________



Meu objetivo custa: _______



Quanto posso guardar por mês: __________



Em quanto tempo conseguirei o valor para atingir meu objetivo: _________

Quanto dar a mesada?

É fato que o comportamento humano tem tendência a adquirir coisas, seja para si próprio ou para os filhos. Pais e crianças modernas têm mais coisas do que necessitam ou podem suportar.



Os homens de hoje podem parabenizar-se pela capacidade de obter recursos, no entanto, de que modo tais recursos são entregues para a próxima geração? A exploração voraz está transformando o ambiente de tal modo que a vida sobre a terra não será mais suportável.



A liberdade proporcionada pela cultura do consumidor possibilita a manifestação de nossos instintos primitivos de caça. Dessa forma, direciona-se a economia mundial e essa rota pode comprometer a ecologia planetária.



Saber lidar com dinheiro, tendo noção de crédito, juros; conhecer os direitos enquanto consumidor; ter atitudes conscientes quanto ao consumo de bens, água, energia; descarte de lixo correto; interpretar as mensagens veiculadas pela publicidade, deveriam ser acessíveis a todas as pessoas.



Adultos e crianças precisam ter oportunidade de organizar e refletir sobre tais conhecimentos, a partir do cotidiano e, deste modo, tomar decisões mais conscientes.

Conhecer o mundo econômico para sobreviver

Aviso às mães e aos pais (INCLUSIVE para os que forem professoras (es)): “apenas” joguem com seus filhos, expliquem as regras, façam adaptações para as crianças compreenderem melhor, ensinem princípios: respeitar a vez, manter-se fiel à regra, às vezes a gente perde, etc..



O benefício pedagógico virá com as inúmeras vezes que a criança jogar.



DIVIRTAM-SE, “APENAS” ISSO!



1) Usando jogos na matemática.



Os jogos devem ser usados na sala de aula, para promover sua habilidade de coordenar pontos de vista, resolver desafios, aplicar e exercitar com significado as operações matemáticas.



São inúmeras as pesquisas que demonstram avanços significativos na compreensão e utilização das operações matemáticas pelas crianças quando o professor investe nesse recurso pedagógico.



2) Princípios de ensino para o trabalho com jogos (Kamii e De Vries, 1991):



<ul class="wp-block-list">
<li>utilizar jogos no cotidiano da sala de aula não é perder tempo;</li>



<li>reduz o uso desnecessário da autoridade e permite trabalhar, de acordo com o modo de pensar da criança;</li>



<li>estimula a criança a pensar por ela mesma;</li>



<li>permite que a criança exercite o seu entendimento da regra e a estimula a construir as outras regras com o grupo;</li>



<li>encoraja a cooperação entre pares;</li>



<li>permite conhecer como a criança é mentalmente ativa.</li>
</ul>



3) Como escolher um jogo? (Kamii e De Vries, 1991)



Critérios de seleção de bons jogos:



<ol class="wp-block-list">
<li>Há algo interessante e desafiador para as crianças descobrirem?</li>



<li>As crianças podem por si só avaliar seu sucesso?</li>



<li>Todos os jogadores participam ativamente?</li>
</ol>



“(…) um bom jogo não é aquele que, necessariamente, a criança pode dominar corretamente. O importante é que a criança possa jogar de uma maneira lógica e desafiadora para si mesma e seu grupo.”



4) Como propor um jogo:



<ul class="wp-block-list">
<li>O jogo deve ser introduzido de maneira clara e breve.</li>



<li>Uma boa estratégia é o professor começar a jogar com as crianças, ao invés de prolongar as descrições verbais e procurar esclarecer as regras durante o próprio jogo, à medida que as crianças vão se exercitando.</li>



<li>Ao apresentar um jogo novo, o professor pode perguntar se alguém já o conhece e pedir que fale sobre ele.</li>



<li>Depois que as crianças tiverem certa prática com o jogo, procurar problematizá-lo.</li>



<li>A prática resulta da experiência, por isso sugerimos que o jogo seja apresentado, pelo menos uma vez por semana, por 4 semanas ou mais.</li>
</ul>



5) Até que ponto intervir em um jogo?



<ul class="wp-block-list">
<li>Quanto à direção, o mínimo possível, uma vez que o objetivo é que as crianças sejam capazes de iniciar, organizar e jogar seus próprios jogos.</li>



<li>Quanto à estimulação do pensamento, colocando a questão certa no momento certo.</li>



<li>A boa intervenção não se prende a corrigir respostas ou sugerir jogadas melhores. Ela deve ser dirigida no sentido de ajudar o grupo a perceber como cada criança pensa, contribuindo para o processo de descentração e coordenação de pontos de vista.</li>
</ul>



6) O que fazer quando uma criança não quer jogar?



<ul class="wp-block-list">
<li>Não obrigue, pois o valor do jogo se perde, quando ele é imposto.</li>



<li>Procure estar atento aos sentimentos das crianças, pois a recusa na participação pode estar ligada ao medo.</li>



<li>Uma boa estratégia é criar variações que possam atender melhor aos interesses e necessidades das crianças (vendar os olhos).</li>



<li>Solicitar que outra criança faça o convite para o jogo e o demonstre para o colega.</li>
</ul>



7) Qual deve ser a contribuição do educador no trabalho com jogos?



<ul class="wp-block-list">
<li>O papel do educador é fundamental nas atividades com jogos. Sua posição deve ser, antes de tudo, de investigador do modo de pensar da criança, para ajudá-la a compreender os procedimentos utilizados e a superar suas dificuldades e, assim, mudar sua relação com o conhecimento.</li>



<li>O profissional que se dispõe a trabalhar com jogos, deve fazer disso uma constante, já que a frequência é um fator importante e o hábito de pensar sobre o jogo, uma condição fundamental para o sucesso do trabalho.</li>
</ul>



Indicação de leitura:



BESSA, Sonia (Org.). Processo de ensino e aprendizagem matemática. Ed. Appris. 2020



Kamii, C.; De Vries, R. Jogos em grupo na Educação Infantil. ArtMed. 1991

Princípios para trabalhar jogos na educação matemática

ESTRATÉGIAS PARA ENGAJAR A FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO FINANCEIRA DOS FILHOS EM PARCERIA COM A ESCOLA 

Onde está a educação financeira na BNCC?

De olho no seu dinheiro e na economia

Frustração E Hábitos De Consumo

Etapas mentais para fazer uma escolha

Decisões Econômicas

A inteligência artificial faz você comprar mais

Quais seus planos financeiros?

Você e o dinheiro

A vida nossa de cada dia

Dinheiro traz felicidade?

Para compreender o brincar heurístico

A Resiliência Como Competência Socioemocional Na Educação Infantil

Infância Na Quarentena

Eu estava lá – 2º – Debora

Eu estava lá – 1º

Ainda sobre publicidade infantil

Ser mãe e pai já é o suficiente

Criança, mundo econômico e consumo consciente

Mãe, compra pra mim?!

Eleições na escola, mais do que um projeto

Materiais novos para iniciar as aulas?!

Educação para o consumo consciente – Dinheiro e compras

Brincadeiras de quintal

Consumo e desequilíbrio financeiro

Educação econômica, mas afinal o que é?

A educação financeira tem ganho o status de habilidade necessária para viver, ou sobreviver, no complexo mundo econômico do século XXI. Essa visibilidade é em decorrência do tipo de relação que as pessoas estabelecem com o dinheiro. E o que mais chama a atenção é o crescente endividamento das famílias e jovens. O percentual de famílias com dívidas passou de 76,7% no final de 2024 para uma projeção de 79% para 2025. 11,6% dos inadimplentes (quem está com dívidas atrasadas) estão entre 18-25 anos. 



É justo afirmar que, sem dúvida, uma das habilidades mais importantes para todas as pessoas, independente da situação socioeconômica. 



A Psicologia Econômica e Financeira, a Neurociência e recentes pesquisas sobre o tema, comprovam que a “raiz” da boa relação com o dinheiro está no comportamento e nas emoções das pessoas. Por isso, quanto mais cedo começarmos a educação financeira, melhor. E se a oportunidade para aprender novas habilidades financeira surgir AGORA, então esse é o momento. 



Hoje percebemos que o mundo gira num constante fluxo de informações e complexidade econômica que são vivenciadas por crianças e adolescentes, reforçando que aprender a utilizar as ferramentas para tomar decisões financeiras conscientes não é apenas um diferencial, mas uma necessidade. Para que esse aprendizado seja eficaz e duradouro, a colaboração sinérgica entre família e escola não é apenas desejável, é indispensável. 



Este artigo explora como essa parceria pode ser fortalecida, transformando a educação financeira em uma jornada contínua e inspiradora. 



<h2 class="wp-block-heading">Por que engajar os pais? Uma fundamentação essencial </h2>



A educação da criança deve ser garantida pela parceria entre família e escola, pois são complementares para o desenvolvimento infantil e, isso se aplica à educação financeira. 



Os benefícios dessa parceria: 



<ul class="wp-block-list">
<li>Contextualização do aprendizado: O que é ensinado em sala de aula ganha vida e aplicabilidade no dia a dia, tornando o aprendizado mais concreto e significativo. </li>



<li>Aplicação prática em casa: Os conceitos financeiros são vivenciados em situações reais, como a ida ao supermercado, o planejamento de uma viagem ou a discussão de contas domésticas. </li>



<li>Construção de hábitos saudáveis: A repetição e o exemplo dos pais são fundamentais para a internalização de hábitos como poupar, planejar e consumir de forma consciente. </li>



<li>Redução da ansiedade financeira futura: Crianças que crescem com uma base sólida em finanças tendem a se tornar adultos mais seguros e resilientes diante dos desafios econômicos. </li>



<li>Pais como modeladores de comportamento: Os pais são os primeiros e mais influentes educadores financeiros, são exemplos concretos de atitudes e valores relacionados ao dinheiro através de suas próprias ações e conversas. </li>
</ul>



<h2 class="wp-block-heading">Estratégias para escolas: Ações proativas para a parceria </h2>



As escolas têm um papel central em iniciar e manter esse diálogo, criando pontes robustas com as famílias. 



<ul class="wp-block-list">
<li>Comunicação efetiva e constante:  
<ul class="wp-block-list">
<li>Newsletters e e-mails temáticos: Envio regular de conteúdos sobre educação financeira, destacando o que está sendo abordado em sala e sugerindo atividades para casa. </li>



<li>Reuniões informativas e de apresentação: Sessões específicas para pais, explicando a metodologia da escola e os objetivos do programa de educação financeira. </li>



<li>Grupos de mensagens e plataformas online: Canais ágeis para compartilhamento de dicas rápidas, lembretes de eventos e respostas a dúvidas comuns. </li>
</ul>
</li>



<li>Eventos e workshops interativos:  
<ul class="wp-block-list">
<li>Palestras com especialistas: Convidar profissionais de finanças para desmistificar temas complexos de forma acessível para pais e alunos. </li>



<li>Oficinas práticas de orçamento familiar: Atividades que ensinam os pais a criar e gerenciar um orçamento doméstico, e como envolver os filhos nesse processo. </li>



<li>Feiras de &#8220;empreendedorismo&#8221; infantil: Projetos onde as crianças criam e vendem produtos/serviços na escola, com a participação dos pais na mentoria e organização. </li>



<li>Rodas de conversa: Espaços seguros para pais compartilharem desafios e sucessos sobre consumo consciente e gestão financeira. </li>
</ul>
</li>



<li>Recursos compartilhados e acessíveis:  
<ul class="wp-block-list">
<li>Curadoria de materiais: Indicar e disponibilizar jogos educativos, livros, vídeos explicativos e artigos que possam ser usados em casa. </li>



<li>Templates e ferramentas simplificadas: Oferecer um modelo para que a criança registre o dinheiro que recebe, com o que gasta e o que gostaria de planejar, ou seja, um orçamento simplificado. </li>
</ul>
</li>



<li>Currículo integrado e transparente:  
<ul class="wp-block-list">
<li>Apresentar aos pais como a educação financeira é incorporada ao currículo (matemática, história, geografia etc.), mostrando a relevância transversal do tema e dando continuidade ao aprendizado em casa.</li>
</ul>
</li>



<li>Projetos colaborativos família-escola:  
<ul class="wp-block-list">
<li> Incentivar projetos que unam alunos, pais e a comunidade escolar em torno de objetivos financeiros (campanhas de arrecadação de fundos para causas sociais, criação de &#8220;mini-empresas&#8221; escolares para gerir eventos ou melhorias na infraestrutura). </li>
</ul>
</li>
</ul>



<h2 class="wp-block-heading">Orientações para pais e responsáveis: participação ativa no lar </h2>



A participação dos pais é o pilar que sustenta o aprendizado. Algumas dicas práticas: 



<ul class="wp-block-list">
<li>Diálogo aberto e frequente: Fale sobre dinheiro no dia a dia, de forma natural e honesta, adaptando a linguagem à idade da criança. Explique sobre o próprio trabalho e como se obtém o dinheiro da família.  </li>



<li>Mesada educativa: Use a mesada como uma ferramenta poderosa. Ensine a dividir o dinheiro em categorias (poupança, gastos, doação, sonhos), a planejar compras e a lidar com a frustração de não poder ter tudo imediatamente. </li>



<li>Envolvimento em decisões familiares: Inclua as crianças em discussões sobre o orçamento doméstico (viagens, compras maiores, organização de festas), mostrando a importância de priorizar e fazer escolhas. </li>



<li>Seja o exemplo prático: Suas atitudes falam mais alto que suas palavras. Mostre como você economiza, planeja e toma decisões financeiras responsáveis. Evite o consumismo impulsivo e demonstre apreço pelo que já possuem. </li>



<li>Explore recursos domésticos: Utilize livros infantis que abordem o tema do dinheiro de forma lúdica.</li>
</ul>



<h2 class="wp-block-heading">Superando desafios comuns </h2>



É natural que surjam obstáculos, como a falta de tempo dos pais, o desconhecimento sobre finanças ou o tabu em torno do dinheiro. Para superá-los, a escola pode oferecer: 



<ul class="wp-block-list">
<li>Flexibilidade: Eventos em horários alternativos (manhã/noite/online). </li>



<li>Materiais simplificados: Linguagem clara e direta, focada no essencial. </li>



<li>Relevância: Destacar como a educação financeira impacta diretamente a qualidade de vida e o futuro dos filhos. </li>
</ul>



A educação financeira não está relacionada apenas aos aspectos matemáticos, diz respeito ao comportamento humano, costumes, cultura local e todo um microcosmo que as pessoas vivem.  Ela é uma jornada de aprendizado contínuo para crianças e adultos porque vivemos numa época em que as transformações são rápidas e interferem na forma como vivemos nossos princípios. Mesmo sendo desafiadora, é perfeitamente possível. 



O Programa Ekonos oferece materiais e apoio para o professor do 1º ao 9º ano. <a href="https://mariabelintane.com.br/contato">Entre em contato</a> para saber mais. 



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Essa é uma pergunta que todo gestor escolar deveria saber responder.  86% das escolas brasileiras ainda não implementaram a Educação Financeira de forma estruturada, mesmo sendo uma exigência da BNCC desde 2018. 



O resultado? Formamos gerações tecnicamente preparadas, mas financeiramente vulneráveis.&nbsp;



<h2 class="wp-block-heading">Desvendando a Base &#8211; a transversalidade da educação financeira no currículo escolar&nbsp;</h2>



&#x1f504; Competências gerais e específicas a educação financeira está intrinsecamente ligada a várias competências da BNCC:



<ul class="wp-block-list">
<li>Competência 2 (Pensamento Científico e Crítico): Os alunos analisam criticamente propagandas e ofertas &#8220;imperdíveis&#8221;.</li>



<li>Competência 6 (Trabalho e Projeto de Vida): Compreender a relação entre escolhas financeiras presentes e realizações futuras.</li>



<li>Competência 7 (Argumentação): Justificar decisões de consumo baseadas em critérios éticos e sustentáveis.</li>



<li>Competência 10 (Responsabilidade e Cidadania): Entender o impacto coletivo de escolhas individuais.</li>
</ul>



&#x1f310; Componentes curriculares: A educação financeira se articula com as diferentes disciplinas escolares, fortalecendo uma abordagem interdisciplinar.



<ul class="wp-block-list">
<li>Língua Portuguesa: Desde a interpretação de textos informativos sobre economia até a produção de argumentos sobre escolhas de consumo.</li>



<li>Ciências: Investigação do ciclo de vida dos produtos e impacto ambiental das escolhas financeiras.</li>



<li>História/Geografia: Compreensão dos sistemas econômicos, desigualdades e distribuição de recursos.</li>



<li>Arte: Expressão criativa através de projetos de reutilização e ressignificação de materiais.</li>
</ul>



&#x1f511; Não é uma &#8220;nova disciplina&#8220;: Está conectada aos conteúdos escolares numa abordagem diferenciada. A BNCC entende a Educação Financeira como tema contemporâneo necessário à educação integral das crianças e, transversal justamente para enriquecer o currículo existente.



No Programa EKONOS, potencializamos a infância ensinando sobre dinheiro de forma consciente e prática. Nossa metodologia, baseada em Psicologia do Desenvolvimento, Neurociência e Psicologia Econômica, respeita as fases de desenvolvimento infantil enquanto forma cidadãos financeiramente conscientes. 



Os resultados são mensuráveis:&nbsp;



<ul class="wp-block-list">
<li>Alunos com maior capacidade de planejamento e autocontrole.</li>



<li>Redução significativa de conflitos relacionados a consumo.&nbsp;</li>



<li>Famílias com diálogos mais saudáveis sobre dinheiro.</li>



<li>Projetos escolares mais sustentáveis e economicamente viáveis.</li>
</ul>



A Educação Financeira é um elemento fundamental para a formação integral que a BNCC propõe.



Sua escola está apenas ensinando conteúdos ou formando cidadãos preparados para os desafios reais do século XXI?&nbsp;



Solicite uma apresentação personalizada do Programa EKONOS e descubra como implementar a Educação Financeira de forma eficaz, prática e alinhada à BNCC em sua instituição.

As medidas governamentais e os interesses do mercado são fatos que inevitavelmente afetam nosso bolso. Trago hoje uma reflexão a respeito de situações econômicas que podem impactar o bolso das pessoas. Daí a importância de organizar a sua vida financeiramente e aprender a evitar os impulsos.



A notícia sobre o projeto de lei que estabelece as regras do Desenrola, o programa de renegociação de dívidas criado pelo governo federal, apresenta um ponto polêmico: o teto de 100% de juros no rotativo e no parcelamento de faturas do cartão.



A princípio, o projeto Desenrola tem aspectos positivos para a economia, pois a renegociação das dívidas pelas pessoas garante a injeção de dinheiro no mercado. Com isso, a economia tende a crescer, uma vez que o potencial de consumo das pessoas aumenta. No entanto, também há riscos significativos a serem considerados.



Os consumidores que estavam negativados poderão voltar a acessar o mercado de crédito. No entanto, uma parcela desses consumidores já apresenta um comportamento sistemático de inadimplência. Isso significa que é uma situação de “faca de dois gumes”, pois a iniciativa pode ser considerada como um benefício a maus pagadores, que podem continuar inadimplentes. É importante destacar que o risco de que esses novos consumidores ativos não paguem a renegociação é grande, e o custo desse possível calote acaba se desdobrando para toda a população.



Outro aspecto relevante a ser considerado é o papel do COPOM, ou Comitê de Política Monetária, como um órgão do Banco Central do Brasil responsável por estabelecer as taxas de juros básicas da economia, conhecidas como Selic. As decisões do COPOM são cruciais para o controle da inflação e têm impacto direto no crédito e nos investimentos no país. Esse comitê existe porque já se comprovou que qualquer governo não deve interferir na determinação das taxas de juros. Portanto, a relação entre governo e mercado nesse contexto é constantemente marcada por conflitos de interesses.



Mas, na prática, o que fazer com o dinheiro? Uma forma de proteger os investimentos em 2023 é trabalhar com uma carteira diversificada, inclusive com ativos internacionais.



Entre as melhores formas de investir dinheiro por meio de investimentos com maior rentabilidade que a poupança, estão: Tesouro Direto, CDBs, LCI, LCA, Fundos de Investimentos, Fundos Imobiliários (FIIs), CRIs/CRAs, investimento em ouro e as melhores ações na Bolsa de Valores.



Além disso, outra opção seria os Fundos cambiais, que são modelos de investimento que rentabilizam utilizando a variação positiva das moedas estrangeiras e servem para proteger o investidor contra a desvalorização do real. É importante notar que, até pouco tempo atrás, esses fundos eram acessíveis somente a investidores com mais capital.



Com essas informações aprimoradas, o texto oferece uma visão mais clara dos riscos e benefícios do projeto Desenrola e do papel do COPOM na economia, além de fornecer orientações mais detalhadas sobre opções de investimento.



Em resumo, o projeto Desenrola e as decisões do COPOM são peças importantes no complexo quebra-cabeça da nossa economia. Enquanto navegamos por essas águas desafiadoras, é essencial lembrar que o conhecimento é uma ferramenta poderosa. Educar-se sobre as opções de investimento e entender as nuances da economia pode ajudar a proteger seu futuro financeiro.



À medida que enfrentamos os altos e baixos econômicos, lembre-se de que cada desafio traz consigo oportunidades. Mantenha-se informado, diversifique seus investimentos e consulte profissionais financeiros quando necessário. Com paciência e estratégia, você pode navegar com confiança pelas incertezas econômicas e construir um futuro financeiro sólido.



Afinal, a jornada financeira é uma maratona, não uma corrida. Mantenha o foco em seus objetivos e nunca subestime o poder do planejamento e da perseverança. Estamos todos juntos nessa jornada, enfrentando os desafios e celebrando as conquistas.



Dica: Aprenda mais com Maria Belintane



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