A vida nossa de cada dia

MARIA BELINTANE 

Hoje me sinto mais forte
Mais feliz, quem sabe
Só levo a certeza
De que muito pouco sei
Ou nada sei
Almir Sater
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Rapidamente me responda:

– Como é sua vida?

Cada pessoa irá responder de maneira distinta. As experiências pessoais são únicas e impossíveis de serem vividas por outra pessoa. Considere também que, se repetirmos a mesma experiência, a probabilidade de causar sentimentos diferentes é muito grande.

Talvez você tenha pensado que:

– Ah, seu eu tivesse mais dinheiro! Meus problemas se resolveriam.

Eu pergunto:

– Será que o dinheiro é a solução para tudo?

Bem, antes de respondermos se Dinheiro traz felicidade ou resolve todos os problemas, seria interessante pensarmos um pouco sobre o sentido da vida.

Tempo, limite imperioso para a vida

Quando percebemos que nossa vida é finita, ainda assim, continuamos a nossa trajetória: crescemos, estudamos, casamos, trabalhamos, temos filhos, sonhamos e preenchemos nosso tempo com inúmeras atividades e propósitos ou tomamos outros caminhos completamente diferentes.     

Leandro Karnal, filósofo e historiador, explica que muitos pensadores apresentam a vida como algo que não tem um sentido, não tem um plano ou destino. Sabiamente, acrescenta que o sentido da vida é dado pelo roteiro que nós mesmos escrevemos para a nossa vida. Ele cita ainda que podemos aprender com grandes personalidades religiosas, políticas, pensadores. De todos, há de se encontrar inspiração para seguirmos em frente nos desafios cotidianos que a vida nos oferece.

Mesmo escrevendo o nosso roteiro, ainda assim, não significa que não haverá dor, atribulações. E, menos ainda, que iremos encontrar a felicidade em todos os cantos.

Podemos dizer que o sentido da vida é dado por nós mesmos e por aquilo que queremos perseguir.

A vida não é a organização de planos infalíveis. Ela representa todo esforço que você consegue concentrar para atingir os seus planos, recuar e reavaliar, traçar novos caminhos, não persistir nos mesmos erros, arriscar-se racionalmente algumas vezes, não viver a vida do outro como se fosse sua, ou pior, como se fosse a melhor opção.

Você acredita que exista uma receita para a felicidade?